Acará do Congo
O Acará do Congo costuma ser monomórfico até atingir a maturidade sexual, quando passa a desenvolver sinais de dismorfismo sexual. Os machos são maiores comparados às fêmeas, e apresentam nadadeiras ventral, dorsal e anal mais pontiagudas, que costumam se estender em filamentos. Além disso, machos mais velhos costumam desenvolver com frequência nódulos de gordura na sua testa. As fêmeas, como dito, podem ser mais coloridas (apesar de que, em se tratando do Acará do Congo, isso ficará menos evidente) e apresentam uma coloração que vai do rosa ao laranja, na sua região ventral e também na nadadeira dorsal.
Os Acarás do Congo, como já dissemos, surgiram a partir de reprodução selecionada. Porém, em seu habitat natural, o Amatitlania nigrofasciata é nativo dos lagos da América Central, particularmente na região da Guatemala até a Costa Rica, bem como na costa oeste de Honduras e do Panamá.
O Acará do Congo é considerado um peixe bastante agressivo. Ele nunca deve ser colocado em um mesmo aquário com peixes menores ou com crustáceos e plantas mal fixadas. Porém, é um peixe que tolera muito bem a sua espécie, desde que os exemplares em um mesmo aquário tenham espaço suficiente (em torno de 180 litros para dois exemplares adultos).
Além disso, eles se dão bem com outras espécies de ciclídeos americanos de mesmo porte.
Os Acarás do Congo adoram se esconder em tocas, assim como outros ciclídeos. Portanto, é interessante adicionar esconderijos no seu aquário. Um substrato mais fino e cobrindo uma maior altura do fundo do aquário também pode ser interessante, para que eles possam cavar esconderijos.
O Acará do Congo é extremamente fácil de se reproduzir em aquários. Basta colocar dois exemplares com água e comida suficiente que eles muito provavelmente vão se reproduzir. O Acará do Congo é um peixe monogâmico: após feito o casal, irão permanecer na mesma relação até o fim de suas vidas.
Eles também são considerados pais extremamente protetores. Ambos os pais têm a capacidade de conduzir todas as tarefas de criação dos seus filhotes. Isso significa que, quando juntos no aquário com seus filhotes, eles irão dividir as tarefas de criação. Porém, se apenas um dos peixes estiver no aquário, ele também terá condição completa de criar seus filhotes.
A mãe, em algumas ocasiões, pode comer alguns dos filhotes, ainda juvenis. Se isso acontece, porém, o pai dos filhotes atacará a mãe, separando-a do resto do grupo. Se isso acontecer, pode ser necessário retirar a mãe do aquário ou separá-la através de uma tela.
O Acará do Congo é um peixe onívoro e muito pouco exigente em termos de alimentação. Qualquer ração para ciclídeos onívoros será o suficiente para alimentá-lo. Além disso, aceita uma grande variedade de alface e outros vegetais. Minhocas e coração de boi podem complementar sua dieta muito bem. O ideal é alimentar os Acarás do Congo 2 a 5 vezes por dia com pequenas pitadas, ao invés de uma grande quantidade poucas vezes ao dia. Isso ajudará o seu aquário a manter-se limpo por mais tempo.
Assim como todos os outros tipos de peixes, eles também se beneficiam de complexos vitamínicos e de sais minerais adicionados à sua alimentação.
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